César Obeid não é nordestino mas mostra, em seu trabalho, desenvoltura na criação de versos de cordel para ninguém botar defeito. Sempre com grande senso de humor, o autor nos apresenta, em primeiro lugar, uma série de versos em que brinca com conhec idos provérbios, sem nunca perder o ritmo. A seguir, novas estrofes, dessa vez a partir de crendices populares, em que o medo de passar debaixo da escada ou de quebrar um espelho pode se transformar em poesia. Logo depois, o autor nos desafia com as suas adivinhas, algumas mais complicadas, outras simples, em que rima a pergunta para depois rimar a resposta. No final do livro há mais um presente: a divertida história de uma velhota fofoqueira, recriada pelo autor da tradição oral.
80 páginas